ATENÇÃO! Atualmente, devido a obras de reabilitação do edifício, a capela está fechada e não pode ser visitada.
Uma capela intimamente ligada ao pintor Francisco de Goya, decorada com frescos da sua própria autoria. Descubra a Capela de San Antonio de la Florida, uma das joias secretas da cidade de Madrid.
ORIGEM
A origem desta capela remonta a 1732, ano em que foi erguida com uma imagem de Santo António de Pádua e começou a ser objeto de devoção popular. De facto, uma das tradições mais enraizadas de Madrid é a sua romaria, que se celebra a 13 de junho e à qual acorriam e ainda acorrem as jovens que vão casar.
Ao longo do século XVIII, as reformas urbanas obrigaram a demolir a primitiva capela de Santo António (obra de Churriguera) em duas ocasiões e a reconstruí-la noutro local. A sua última transferência deveu-se às obras do novo palácio de La Florida, uma grande propriedade (hoje desaparecida), que deu nome à capela e que tinha sido adquirida por Carlos IV.
Por ordem do rei, de 1792 a 1798, o arquiteto Felipe Fontana construiu a nova capela, e Francisco de Goya decorou as suas abóbadas com um conjunto de pinturas a fresco que estão entre as suas obras-primas.
OS AFREIXOS
Assim que se entra na capela, uma explosão de luz, vida e cor envolve o espaço. Trata-se do conjunto mural que decora este pequeno santuário e que constitui um antes e um depois na carreira de Goya, uma vez que nele se integram os elementos utilizados até então por este com as novas técnicas que posteriormente incorporaria à sua arte.
Entre 1987 e 2005, foram realizadas três campanhas de restauração, nas quais se procedeu primeiro à reabilitação completa do edifício e, posteriormente, à limpeza e consolidação dos frescos, que hoje brilham em todo o seu esplendor.
ERMITA GEMELA E TÚMULO DE GOYA
Para garantir a conservação destas pinturas, o edifício foi declarado Monumento Nacional em 1905 e, mais tarde, em 1928, foi construída ao seu lado uma igreja idêntica, para transferir o culto e reservar a original como museu. Naquela época, esta capela era também o panteão comemorativo de Francisco de Goya, pois em 1919 seus restos mortais foram transferidos para cá, trazidos de Bordéus, onde ele havia falecido em 1828.